Acolhimento na Política Nacional de Humanização é tema de palestra para profissionais de Enfermagem do município de Treze de Maio

“Estender a mão, treinar a escuta, olhar nos olhos, ajudar, dar respostas. Essas atitudes dos trabalhadores que atuam na área da saúde contribuem para humanizar as relações que envolvem a assistência”, afirmou a Conselheira do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren/SC), Enfermeira Msc. Ioná Vieira Bez Birolo.

A orientação fez parte da palestra “Acolhimento na perspectiva da Política Nacional de Humanização”, ministrada pela Conselheira para profissionais de Saúde da Secretaria Municipal de Saúde de Treze de Maio, cidade localizada no Sul de Santa Catarina, no final do mês de setembro.

O acolhimento consiste em uma das diretrizes da Política Nacional de Humanização. “Fazer o acolhimento é reconhecer a necessidade do cidadão ao acesso à saúde, mesmo se a demanda não for agendada; é romper com a lógica da exclusão de que o atendimento é exclusivamente por agendamento. Significa incluir a comunidade no processo de discussão-implantação do acolhimento, pois a construção é coletiva. Do mesmo modo, a produção da saúde deve estar centrada na equipe, e não em um único profissional”, explicou a palestrante.

Com essas orientações, a palestrante levou os participantes à reflexão: “E na nossa realidade como é? Qual o acolhimento realizado e qual o acolhimento desejado pela equipe?”.

Além do acolhimento, a Política Nacional de Humanização prevê outras diretrizes: ambiência (criação de espaços saudáveis, acolhedores e confortáveis); valorização do trabalhador; defesa dos direitos dos usuários; e clínica ampliada e compartilhada (compromisso com a pessoa, e não com a doença), assuntos abordados na palestra.

A Conselheira frisou que a Política Nacional de Humanização integra a equipe de saúde e favorece a interação entre usuários e equipe. Como resultado, almeja-se: redução das filas e tempo de espera; conhecimento do usuário sobre os serviços e profissionais oferecidos na sua referência territorial; e gestão participativa aos trabalhadores e usuários, assim como educação permanente da equipe.