“Anotações adequadas espelham a qualidade da assistência de Enfermagem”, afirmam as Enfermeiras Fiscais do Coren/SC em palestra no Hospital Regional de Araranguá

Em palestra no Hospital Regional de Araranguá nesta semana durante as atividades da 76ª Semana Brasileira de Enfermagem, as Enfermeiras Fiscais do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren/SC) – Subseção Criciúma, Daiane Leandro Freitas e Edna Silva Camilo de Souza, explanaram aos profissionais de Enfermagem sobre a necessidade de realizar a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE).

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Entre as etapas necessárias para a viabilização da SAE está o registro dos processos de Enfermagem. “Os registros efetuados pela equipe de Enfermagem têm a finalidade essencial de fornecer informações sobre a assistência prestada, assegurar a comunicação entre os membros da equipe de saúde e garantir a continuidade das informações nas 24 horas, condição indispensável para a compreensão do paciente de modo global”, frisou a Enfermeira Fiscal Daiane Leandro Freitas.

IMG_0536_iAs palestrantes esclareceram a diferença entre anotação e evolução de Enfermagem. “A anotação refere-se ao registro de ações de Enfermagem realizada por qualquer um dos membros da equipe de Enfermagem. Também pode referir-se a um evento percebido pelo profissional ou relatado pelo paciente que busca o atendimento à saúde por qualquer razão. Enquanto a evolução de Enfermagem consiste em uma informação privativa do Enfermeiro e refere-se ao relato do Processo de Enfermagem, incluindo o julgamento do Enfermeiro sobre a situação do diagnóstico de Enfermagem, após a execução de intervenções apropriadas”, ponderou Edna Silva Camilo de Souza.

O prontuário, bem preenchido e detalhado, pode afastar as alegações de imperícia, imprudência ou negligência na prestação de serviços da equipe de Enfermagem. “Para uma assistência de qualidade, o profissional de saúde precisa de informações: corretas, organizadas, seguras, completas e disponíveis”, complementou Daiane.

A Enfermeira Fiscal do Coren/SC Edna Silva Camilo de Souza lembrou aos participantes as nove certezas na administração de medicamentos: 1) Paciente; 2) Droga; 3) Via; 4) Dose; 5) Horário; 6) Documentação – Quando um Enfermeiro administra uma medicação deve checar por escrito. Isso fornece evidências de que o medicamento foi administrado ao paciente. Checar antes de administrar é um risco, pois o paciente pode recusar a medicação ou pode acorrer algo que suspenda a medicação. Da mesma forma, deixando de assinar quando um medicamento foi administrado cria o risco de que outro que assumiu o paciente repita a dose; 7) Ação da droga; 8) Forma; e 9) Resposta.

Para finalizar, as palestrantes elencaram cinco dicas imprescindíveis para as anotações adequadas:
1) Devem ser legíveis, completas, claras, concisas, objetivas, pontuais e cronológicas;
2) Devem ser precedidas de data e hora, e conter assinatura e identificação do profissional ao final de cada registro;
3) Não conter rasuras, entrelinhas, linhas em branco ou espaços;
4) Conter observações efetuadas, cuidados prestados, sejam eles os já padronizados, de rotina e específicos;
5) Devem ser registradas após o cuidado prestado, orientação fornecida ou informação obtida.