Evento foi realizado pelo Coren/SC com apoio do Cofen
Florianópolis transformou-se na Capital da Enfermagem nos dias 8 e 9 de novembro com a realização da 1ª Conferência de Enfermagem de Santa Catarina. O evento reuniu 300 delegados e 30 observadores de todo o Estado eleitos nas oito etapas regionais e, portanto, que representavam seus colegas para debater a profissão. Desde julho, o Coren/SC promoveu as conferências em oito cidades catarinenses: Criciúma, Florianópolis, Blumenau, Lages, Joaçaba, Joinville, São Miguel do Oeste e Chapecó. Em cada um desses locais foram levantadas propostas em seis eixos temáticos para serem debatidas e homologadas na etapa estadual.
Na solenidade de abertura, a presidente do Coren/SC, Helga Regina Bresciani, enfatizou a representatividade dos participantes e lembrou que o ineditismo dessa Conferência certamente vai servir para fortalecer e unir a categoria. Ela fez um discurso enaltecendo a diversidade de cada região com suas características e cultura, abordou o protagonismo da Enfermagem na área da saúde e a necessidade de dar visibilidade às ações. “Todas as etapas regionais mostraram que temos muitos desafios, mas que é possível superá-los com a conscientização de que somos fundamentais para o atendimento em saúde”, disse ela.
Na mesa dos trabalhos estavam o conselheiro federal Luciano da Silva, representando o presidente do Cofen, Manoel Neri, a deputada estadual Ana Paula Lima, a representante da ABEn/SC, diretora eleita da nova gestão, Janara Ribeiro, a representante do presidente do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems), Sônia Bodanese, e ainda a professora Maristela Azevedo, representando todos os enfermeiros, e o dirigente do SindSaúde Nereu Espezim, representando os técnicos de Enfermagem.
Todos enfatizaram a importância do evento como um momento de reflexão e oportunidade para avançar em algumas áreas de atuação. O conselheiro federal Luciano da Silva elogiou a iniciativa e falou na repercussão nacional que essa metodologia pode ter. Ele abordou algumas ações do Cofen e tratativas de interesse da Enfermagem, como ensino presencial e a criação do exame de suficiência. “Precisamos estar representados nos centros de decisões para podermos conquistar nossas reivindicações. Somos a maioria na saúde, mas precisamos ampliar nossa força”, disse ele.
A enfermeira e deputada estadual Ana Paula Lima também parabenizou a formatação da Conferência, lembrando que ela participou da etapa regional em Blumenau, e disse que é possível concretizar as propostas em ações e ela está à disposição no parlamento para colaborar com a profissão. “Nós somos a força da saúde, podemos mais do que imaginamos. Estejamos juntos e motivados a valorizar nossa categoria”, afirmou.
Na plateia estavam presentes o conselheiro federal Antônio José Coutinho de Jesus, as presidentes do Coren/PR, Simone Peruzzo, e Coren/GO, Ivete Barreto, além do assessor do Cofen Magno Guedes.
Depois da abertura, foi realizada um painel de debate com o resgate dos eixos temáticos. Os professores da UFSC Denise Pires de Pires, Felipa Amadigi, Jorge Lorenzetti e Gelson Albuquerque, responsáveis pelo documento que norteou as discussões em todas as etapas, fizeram uma síntese para apresentar os principais temas presentes nas propostas em cada eixo.
Ao mostrar os principais pontos apontados nas mais de 400 propostas debatidas pelo Estado, eles destacaram os desafios da assistência de Enfermagem para com a qualidade, o papel social da Enfermagem, sistematização da assistência de Enfermagem, e dimensionamento, e ainda formação e ética.
Grupos – Na parte da tarde do primeiro dia, os Enfermeiros, Técnicos e Auxiliares de Enfermagem, além dos estudantes, foram divididos em grupos de trabalhos e cada grupo foi responsável em refletir e votar propostas de quatro eixos vindas de todas as regiões. Os estudantes que são delegados observadores também puderam participar das discussões.
Cada proposta deveria ser apreciada e aprovada por no mínimo 65% dos delegados presentes. Vale destacar que não foram acatadas novas propostas na Etapa Estadual. Nos Grupos de Trabalho as propostas poderiam ser aprovadas, suprimidas ou solicitado ajustes de digitação ou concordância.
Plenária – No dia seguinte (9/11), a Plenária Final é que ficou responsável pela aprovação das propostas por eixo vindas dos grupos de trabalho e das moções de âmbito Estadual. Foi um trabalho de cerca de nove horas, com interrupção apenas para o almoço, para poder aprovar todas as propostas.
O Relatório com as aprovadas foi encaminhado à Comissão de Relatoria para a elaboração da Plataforma de Prioridades da Enfermagem Catarinense e posterior envio ao Cofen e demais entidades representativas da Enfermagem e da sociedade.
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