Agosto Dourado: campanha para promover e proteger o aleitamento materno

O tema da campanha deste ano é “Proteger a amamentação: uma responsabilidade compartilhada”.

Segundo o ministério, o mês da campanha é conhecido como “Agosto Dourado”, porque a cor dourada está relacionada ao padrão ouro de qualidade do leite materno.

O Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil (Enani), do Ministério da Saúde, que avaliou 14.505 crianças menores de 5 anos, entre fevereiro de 2019 e março de 2020, mostrou que os índices de aleitamento materno estão aumentando no Brasil. Mais da metade das crianças brasileiras continua sendo amamentada no primeiro ano de vida, de acordo com a pesquisa, e mais de 45% das menores de 6 meses recebem leite materno exclusivo.

O leite materno é o alimento mais completo para o bebê, conforme o ministério, pois apresenta os nutrientes que ele precisa para se desenvolver de forma saudável até os 6 meses de vida. A partir dos 6 meses, a orientação é que o bebê continue mamando até os 2 anos ou mais, e seja introduzida a alimentação complementar saudável.

SEMANA MUNDIAL

A campanha da Semana Mundial da Amamentação (SMAM) é baseada em quatro pilares: informar as pessoas sobre a importância de proteger a amamentação; apoiar a amamentação como uma responsabilidade vital de saúde pública; articular com indivíduos e organizações para maior impacto; e potencializar ações para proteger o aleitamento materno para melhorar a saúde coletiva.

A SMAM começou em 1992, com temas anuais, incluindo, sistemas de saúde, mulheres e trabalho, o Código Internacional de Marketing de Substitutos do Leite Materno, apoio comunitário, ecologia, economia, ciência, educação e direitos humanos.

O foco das comemorações em 2021 é sobre como a amamentação contribui para a sobrevivência, saúde e bem-estar de todos, e o imperativo de proteger a amamentação em todo o mundo. O tema está alinhado com a área temática 2 da campanha dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) 2030 que destaca as ligações entre amamentação e sobrevivência, saúde e bem-estar de mulheres, crianças e nações.

Embora o apoio em nível individual seja muito importante, a amamentação deve ser considerada uma questão de saúde pública que requer investimentos em todos os níveis. O conceito de ‘reconstruir melhor’ após a pandemia COVID 19 proporcionará uma oportunidade para criar uma cadeia calorosa de apoio à amamentação que inclui sistemas de saúde, locais de trabalho e comunidades em todos os níveis da sociedade.

Uma calorosa cadeia de apoio ajudará a construir um ambiente propício para a amamentação e a protegê-la contra a influência da indústria.

No Brasil, a Lei nº 13.435/2017 instituiu agosto como o “Mês do Aleitamento Materno” e determina que ações inter setoriais de conscientização e esclarecimento sobre a importância do aleitamento materno sejam intensificadas com:

– a realização de palestras e eventos;
– a divulgação nas diversas mídias;
– reuniões com a comunidade;
– ações de divulgação em espaços públicos;
– a iluminação ou decoração de espaços com a cor dourada.

O Congresso Nacional será iluminado com a cor laranja, de domingo (1º de agosto) até o dia 7, em apoio à Semana Mundial de Amamentação e ao Mês do Aleitamento Materno,.

Por meio do aleitamento materno o bebê recebe os anticorpos da mãe que o protegem contra doenças como, diarreia e infecções, principalmente as respiratórias. O risco de asma, diabetes e obesidade é menor em crianças amamentadas, mesmo depois que elas param de mamar. A amamentação é, ainda, um excelente exercício para o desenvolvimento da face da criança, importante para que ela tenha dentes fortes, desenvolva a fala e tenha uma boa respiração.

 

Fontes: Agência Senado e Ministério da Saúde