Coren/SC inicia Força Tarefa em Chapecó e encaminha ofícios às autoridades sobre colapso no sistema de saúde

Com o aumento expressivo de casos de Covid-19 na região Oeste do Estado, o Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren/SC), encaminhou um ofício às autoridades estaduais e de Chapecó, onde fala da Força Tarefa da Fiscalização iniciada hoje (17/2) e faz recomendações para minimizar os problemas da atual situação, como a criação de uma força tarefa emergencial em saúde, ampliar a vacinação e aumentar medidas restritivas.

O documento foi encaminhado ao governador Carlos Moisés no qual é relatada a emergência do colapso no sistema de saúde e a preocupação diante da situação gravíssima relacionada à pandemia. O mesmo documento foi enviado ao secretário de Estado André Motta Ribeiro, ao prefeito de Chapecó João Rodrigues, ao secretário municipal de saúde Coronel Luiz Carlos Balsan e à presidente do Conselho Municipal de Saúde de Chapecó Elisônia Carin Renk. O Coren/SC enviou o documento para conhecimento do Procurador de Justiça Douglas Roberto Martins, Coordenador do Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos e Terceiro Setor (CDH), que integra o Centro de Operações em Emergências de Saúde (COES).

FORÇA TAREFA
Uma equipe de enfermeiros fiscais foi para Chapecó e uniu-se às duas fiscais da subseção de Chapecó para iniciar novas inspeções fiscais nas quarenta e seis (46) Unidades Locais de Saúde, três (3) Hospitais, uma Unidade de Pronto Atendimento e nos ambulatórios do setor industrial do município de Chapecó. Com isso, o intuito é apontar a necessidade dos profissionais na linha de frente para que a população tenha um atendimento seguro e de qualidade no sistema da região. Essa operação será composta pela Chefe da Fiscalização do Coren/SC, juntamente com mais seis fiscais que atuam em Chapecó, Florianópolis, Lages e Caçador.

A preocupação com o esgotamento da capacidade da rede (pública e privada) nos serviços hospitalares e de urgência e emergência, já está impactando também na rede de atenção primária, envolvendo os profissionais, leitos, equipamentos e insumos básicos, como medicamentos e oxigênio.

O documento destaca que os profissionais da saúde estão esgotados e vivendo situações de extremo risco, adoecimento, e acabam se afastando por atestados envolvendo a Covid-19, além de considerar que há falta de profissionais com experiência em manejar pacientes de alta complexidade e baixa adesão da população em relação às medidas de prevenção do contágio por coronavírus. “É urgente que sejam tomadas medidas restritivas para diminuir a transmissão, limitando inclusive circulação de pessoas de uma cidade para outra”, disse o presidente do Coren/SC, Gelson Luiz de Albuquerque.