Segundo evento da Semana de Enfermagem do Coren/SC com apoio do Cofen foi realizado em Florianópolis

O auditório do Senac, em Florianópolis, ficou lotado na terça-feira, dia 8 de maio, com profissionais e estudantes de Enfermagem que foram em busca de mais conhecimento sobre a profissão. Cerca de 150 participantes estiveram na sexta edição do Encontro de Responsáveis Técnicos, promovido pelo Coren/SC com apoio do Cofen,  onde foram ministradas palestras e oficinas sob o tema “Enfermagem: Uma voz para liderar – A saúde é um direito humano”. O primeiro evento já ocorreu em Chapecó, dia 3 de maio, e outras cinco cidades também terão o Encontro.

Pela manhã, a presidente do Coren/SC, Helga Regina Bresciani, deu as boas vindas junto com a conselheira secretária, Daniella Farinella Jora, a vice-presidente da Associação Brasileira de Enfermagem (ABEn/SC), Jussara Gue Martini,  e o assessor parlamentar da deputada Ana Paula Lima, Jorge Lorenzetti. Estavam também na abertura os palestrantes Maristela Azevedo, professora da Estácio de Sá, e o enfermeiro fiscal Daniel Matias Ghizoni. As conselheiras Alessandra Junkes Coutinho, Evangelia Kotzias Atherino dos Santos, Daniela Maçaneiro e Míssia Mesquita Páscoa acompanharam o evento, assim como a coordenadora de atendimento ao profissional, Karla Barzan, e as enfermeiras fiscais da sede Izabel Cristina Bezerra Cabral, Jennifer Adriane Nesso, Lívia Martins de A. Fortunato e Mariana Zabotti da Silva também estiveram presentes.

Em seguida, a presidente do Coren/SC aproveitou o momento para falar da Decisão Coren/SC 007/2018 que estabelece uma campanha em prol do Salário Ético mínimo necessário para a categoria junto com as demais entidades representativas da Enfermagem (ABEn/SC, Fetessesc, SindSaúde/SC e Sindicato dos Enfermeiros). Foi distribuído um material com esclarecimentos a respeito do tema e destacado que o Coren/SC apenas sugere uma referência salarial para garantir o mínimo de qualidade no pagamento dos trabalhadores, mas as negociações continuam sendo feitas pelos sindicatos, assim como continua tramitando o PL do Piso Salarial na Câmara dos Deputados. (Leia mais AQUI)

Palestras – Em sua palestra sobre liderança, a presidente ressaltou que a(o) enfermeira(o) deve exercer seu papel junto às equipes, ou seja, gerando confiança, facilitando e apoiando as decisões, além de antecipar e influenciar as mudanças. “É necessário produzir conhecimentos que instrumentalizem o processo de tomada de decisões e a luta da categoria por condições adequadas de trabalho, por padrões éticos e de um perfil da força de trabalho esperado para o desempenho profissional seguro da Enfermagem e dos usuários dos serviços de saúde”, disse Helga. Ela ressaltou que a qualidade da atenção à saúde depende diretamente da qualidade das ações desenvolvidas pela Enfermagem, portanto é fundamental a busca constante de aperfeiçoamento e a prática responsável que configura o compromisso social que a profissão representa.

No final da manhã, os participantes foram divididos em dois grupos. As(os) enfermeiras(os) Responsáveis Técnicos (RTs) foram convidadas a participar de uma exposição dialogada com a presidente do Conselho sobre as responsabilidades e os desafios da função. Foram pontuados desde problemas burocráticos até a importância de organizar, planejar e executar os processos dentro das suas instituições. Os demais ficaram no auditório para uma palestra com o enfermeiro fiscal Daniel Ghizoni sobre o Novo Código de Ética, homologado no início de abril pelo Cofen. Em sua fala, Daniel destacou as principais mudanças desde a última reformulação do Código, em 2007, até agora. “As alterações exigem mais pró-atividade do profissional, que não pode mais se omitir diante de alguns fatos. Há também o respaldo para muitas ocorrências do cotidiano, por isso é fundamental a leitura e constante aplicação do Código no ambiente de trabalho”, esclareceu

Oficinas – Durante a tarde, foram oferecidas três oficinas com temas diferentes. Metade dos presentes ficou na Oficina de Dimensionamento, ministrado pelas enfermeiras fiscais Lívia Martins de A. Fortunato e Mariana Zabotti da Silva. Além de tirarem dúvidas sobre a Resolução 543/2017 do Cofen que determina os números ideais de profissionais nas equipes de saúde, dependendo do tipo de instituição e complexidade do serviço realizado, elas formularam atividades práticas com equipes de três ou quatro profissionais.

Outra Oficina foi sobre o cuidado nas Instituições de Longa Permanência do Idoso (ILPI). A professora Maristela Azevedo e a presidente Helga Bresciani realizaram dinâmicas com os profissionais e estudantes interessados. Uma das participantes vestiu as roupas que simulam o envelhecimento, junto com um equipamento que afeta a visão, permitindo que ela desse depoimento de como sente-se um idoso e quais suas dificuldades. Depois, todos foram organizados em grupos para debater textos sobre o cuidado nas ILPIs e pensar em palavras ou expressões que demonstrem a realidade do tema.  No final, montaram com tarjetas um mapa conceitual com o cenário atual e os obstáculos para quem atua nesta área.

O enfermeiro Fiscal Daniel ficou com o terceiro grupo para debater o Código de Ética e realizar estudos de caso sobre possíveis ocorrências dentro das unidades de saúde. Em grupos, os participantes tiraram dúvidas, expuseram casos reais e receberam esclarecimentos sobre os novos artigos.