O segundo e último dia do IV Encontro de Comissões de Ética de Enfermagem que ocorreu nos dias 23 e 24 de agosto, em Joinville, teve uma programação intensa com debates sobre variadas situações que ocorrem no dia a dia das instituições e como as Comissões de Ética devem lidar com isso. Promovido pelo Coren/SC, o evento contou com a participação de 150 profissionais vindos de todas as regiões do Estado e representantes de mais de 30 Comissões.
Na primeira hora da manhã foram realizadas simulações de casos de conflitos éticos e um rico debate sobre como os integrantes das comissões devem agir. Os participantes estavam divididos em grupos e, na noite anterior, haviam recebido um estudo de caso para transformar em encaminhamento e definir quais passos deveriam ser seguidos. cada um apresentou uma espécie de teatro com a cena do conflito e da decisão que foi tomada. Ao final de cada apresentação foi aberto espaço para esclarecimento de dúvidas. “Foram momentos muito importantes para nos ajudar a entender alguns processos. Certamente estamos voltando mais fortalecidas para nossa cidade”, disse Cristina Pelizzaro Gusso, presidente da Comissão de Ética da Secretaria Municipal de Saúde de Concórdia.
Na sequência, foi apresentado o novo Sistema Informatizado da Comissão de Ética do Coren/SC com objetivo de organizar a abertura dos processos de implantação das comissões e o arquivamento de todos os documentos que são solicitados em cada instituição. O técnico especialista em Programação de 
Sistemas, Alexandre Prazeres, detalhou o funcionamento da gestão de documentos e destacou a importância da segurança no trânsito e guarda dos arquivos.
Por fim, o Enfermeiro Fiscal da subseção de Blumenau, Daniel Matias Ghizoni, fez uma palestra sobre a Responsa
bilidade Civil da Enfermagem e como as instituições tornam-se responsáveis em casos de negligência ou imprudência. ” Temos dois tipos de responsabilidade, a objetiva e a subjetiva, sendo que a primeira não precisa ter a culpa, desde que haja o nexo causal e o dano. Ou seja, a instituição responde pelos prejuízos que os agentes causaram a terceiros”, disse ele. Daniel citou a Lei do Exercício Profissional (Lei 7498/86) que define mecanismos para prevenção e controle de danos que possam ser causados à clientela durante a assistência de Enfermagem.
O encerramento foi feito pela presidente do Coren/SC, Helga Regina Bresciani, pela coordenadora da Comissão de Ética do Coren/SC, Maria do Carmo Vicensi, e pelo enfermeiro fiscal Charles Carvalho de Souza, da subseção de Joinville. Os três aproveitaram o momento para agradecer todos os envolvidos na organização do evento, os demais conselheiros e fiscais e avaliaram como muito positivo o evento. “O Coren/SC preocupa-se muito com as questões éticas em cada local onde tenha um profissional de Enfermagem. Sei que muitos sentem-se sozinhos ou ficam com a sensação de desamparo em algumas situações, mas não é preciso, basta acionar o Coren, buscar mais informações e pedir contribuições. Acredito que a troca de experiências nestes dois dias foi muito relevante e esclarecedora”, concluiu a presidente Helga Bresciani.