Coren/SC apoia campanha do Dia Mundial da Saúde – Mais Direitos menos depressão

abrasusO Coren/SC participou, junto a outros conselhos profissionais da área da Saúde, de uma reunião na última quarta-feira (29/03) sobre ações da campanha do Dia Mundial da Saúde. A data é celebrada anualmente em 7 de abril. Este ano, a Organização Mundial da Saúde (OMS) adotou como tema de sua campanha a depressão, transtorno que pode afetar pessoas de qualquer idade em qualquer etapa da vida.

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) abraçou a causa e prepara ato na Rodoviária do Plano Piloto, em Brasília, para fazer alerta sobre a doença. Com o lema “Mais Direito, Menos Depressão”, o conselho quer chamar atenção para os ataques deferidos pelas propostas de Reforma da Previdência e Reforma Trabalhista, que tramitam no Congresso Nacional. O CNS entende que retirar direitos históricos dos trabalhos pode contribuir para a evolução da doença em pessoas que já se encontram fragilizadas emocionalmente por outros motivos.

Em Santa Catarina, a Frente Catarinense em Defesa do SUS (AbraSUS) formada pelos conselhos regionais e sindicatos de diversas categorias ligadas a área da saúde também adotou a ideia. Na reunião desta quarta-feira, na sede do Crefito-10, deu prosseguimento aos preparativos para as ações, entre eles a realização de atos no dia 7, das 10h às 13h, em pontos centrais de pelo menos nove cidades do Estado: Florianópolis, Joinville, Blumenau, Criciúma, Chapecó, Lages, Balneário Camboriú e Tubarão. As atividades consistem em distribuição de abraços às pessoas e material esclarecendo a população sobre os perigos das reformas em andamento no Congresso Nacional.

Integram a Frente Catarinense em Defesa da Saúde:

Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina – Coren/SC
Conselho Regional de Farmácia CRF-SC
Conselho Regional de Fisioterapia o Crefito-10,
Conselho Regional dos Nutricionistas – CRN10 SC,
Conselho Regional de Medicina Veterinária – Crmv/sc,
Conselho Regional de Educação Física – CREF3/SC
Sindicato dos Farmacêuticos.

Local dos atos – em todas as cidades, os atos ocorrerão das 10h às 13h

Florianópolis – Terminal Central (TICEN)
Joinville – Terminal Central
Blumenau – Rua XV, em frente ao Teatro Carlos Gomes
Criciúma – Em frente à Igreja Matriz
Chapecó – Em frente à Igreja Matriz – Praça Coronel Bertasso
Lages – Em frente à Catedral
Balneário Camboriú – Praça Almirante Tamandaré
Tubarão – Calçadão

Mais direitos, menos depressão

Retirar direitos dos cidadãos é um curto caminho para o surgimento ou agravamento de doenças relacionadas ao emocional de cada ser. Quando se perde benefícios conquistados há décadas e se encara uma nova realidade cheia de incertezas e inseguranças, a tendência é que o trabalhador e a trabalhadora entrem em um quadro psíquico perigoso, o da depressão.

As reformas da Previdência e Trabalhista, que tramitam no Congresso Nacional, carregam em si todos os ingredientes que podem levar milhares de trabalhadores e trabalhadoras por esse caminho. A possibilidade da perda de direitos como férias e décimo terceiro salário, por exemplo, geram ansiedade e muita preocupação na vida de quem tem a responsabilidade de cuidar de outras vidas.

O Conselho Nacional de Saúde (CNS) adere à campanha proposta pela Organização Mundial de Saúde contra a depressão. Essa doença, silenciosa, afeta cerca de 350 milhões de pessoas em todo mundo. Só no Brasil, são perto de 11,5 milhões de brasileiros com esse transtorno. Ou seja, 5,8% da nossa população. Nosso país é o segundo com maior prevalência da doença nas Américas, quase igualado com os Estados Unidos, que têm 5,9% de depressivos.

Mas você deve estar se perguntando: Tudo bem, mas o que a depressão e essas reformas têm a ver com o Sistema Único de Saúde (SUS)? A resposta é simples. Se o trabalhador perde seus direitos e entra em um quadro depressivo derivado dessa perda de direitos, ele sobrecarregará o SUS, que já se encontra subfinanciado e não poderá oferecer o tratamento adequado. O ciclo é esse: Trabalhador e trabalhadora perdem direitos, entram em depressão, procura o SUS e não conseguem atendimento devido ao subfinanciamento.

E para garantir o direito à saúde, com financiamento adequado, que o CNS relança no Dia Mundial da Saúde o manifesto da Frente em Defesa do Sistema Único de Saúde (ABRASUS). O documento – assinado por parlamentares, entidades de classe e sociedade civil organizada – lista diretrizes importantes na defesa da saúde pública brasileira. A seguir, você encontra essas propostas importante para que tenhamos um SUS público, integral, universal e de qualidade.

Ronald Ferreira dos Santos
Presidente do Conselho Nacional de Saúde