Acadêmicos e professores da UFSC fazem aula diferente sobre Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem

Para tornar mais compreensível e dinâmico o aprendizado sobre o Dimensionamento de Pessoal de Enfermagem, os professores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Enfermeiro Dr. Gelson Albuquerque e a Enfermeira Dra. Elza Salema Berger Coelho juntamente com as acadêmicas Carolina Young Yanes, Gabriela Schütz da Silva, Mayara Cristine Fontão e Rafaela Dutra Nunes da Silva inovaram na disciplina Gestão em Saúde e Enfermagem/Estágio Supervisionado. “Propusemos e desenvolvemos em conjunto com os acadêmicos Seminário sobre o tema. Convidamos representantes do Coren/SC, do Hospital Universitário e da Atenção Básica para confrontar teoria e realidade. A intenção foi facilitar o aprendizado porque daqui a dois semestres os acadêmicos já estarão se formando e necessitarão desses ensinamentos para a prática profissional”, detalhou o Professo Gelson Albuquerque.

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A atividade começou com apresentação sobre o conceito, origens e importância do Dimensionamento por um grupo de acadêmicas. Na sequência, as Enfermeiras Fiscais do Conselho Regional de Enfermagem de Santa Catarina (Coren/SC) Lívia Fortunato e Izabel Cristina Bezerra Cabral detalharam itens importantes da Resolução Cofen nº 293/2004 para execução dos cálculos de dimensionamento de pessoal e solucionaram exercícios em conjunto com os acadêmicos para descobrir o dimensionamento adequado de profissionais de Enfermagem. “Para obter dados mais fidedignos para o cálculo de dimensionamento de pessoal de Enfermagem é essencial realizar a classificação do grau de dependência dos pacientes internados diariamente por um período de, no mínimo, 120 dias”, ponderou a Enfermeira Fiscal Lívia.

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A fim de retratar a realidade vivenciada, a Coordenadora do Centro de Saúde Saco Grande (vinculado à Secretaria Municipal de Saúde de Florianópolis), Enfermeira Ramona de Moraes, e a Chefe de Enfermagem da Clínica Médica II do Hospital Universitário, Enfermeira Msc. Jaçany Aparecida Borges Prudente, conversaram com os acadêmicos. “Na Estratégia de Saúde da Família, temos que seguir também a Portaria do Ministério da Saúde, que fala sobre a composição das equipes multiprofissionais e muitas vezes manter a equipe completa é um desafio, pois há que se considerar férias, licenças e demais eventualidades. Contar com essa equipe em quantitativo suficiente revela-se essencial para planejarmos os serviços”, considerou.

Já a Enfermeira Jaçany Aparecida Borges Prudente detalhou os fatores a serem considerados para fechar mensalmente as escalas de trabalho na Enfermagem: ausências previstas (férias, licenças, etc) e nas não previstas (licença nojo, doenças, etc). “A equipe de Enfermagem trabalha em conjunto de forma integral e coesa, sempre que falta alguém na equipe ou o dimensionamento não está adequado representa um grande problema, pois temos o compromisso de oferecer ao usuário a mesma qualidade e segurança”, avaliou. Jaçany ponderou sobre a importância de considerar no cálculo de dimensionamento o Índice de Segurança Técnica (IST), que representa a soma da Taxa de Absenteísmo e Taxa Ausência de Benefícios (ausência planejada, isto é, para cobertura de férias, licença prêmio, licença gestão).

O papel do Enfermeiro como líder e gestor de serviços de saúde foi destacado pela Professora Enfermeira Dra. Elza Salema Berger Coelho. “O Enfermeiro está capacitado para gerenciar e planejar os serviços de saúde. Precisamos refletir sobre as nossas atribuições e reforçar que o usuário, a população é a razão do nosso trabalho; são nossos aliados”, frisou.

Na avaliação da acadêmica Carolina Young Yanes, o Seminário contribuiu para a formação. “Essa atividade despertou ainda mais o nosso interesse para o assunto. A minha equipe ficou responsável pela apresentação teórica e isso fez com que fizemos leituras minuciosas. Sinto-me preparada para logo aplicar esses aprendizados como profissional de Enfermagem”, disse.

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